Registrada por engano com o nome de Rogério Ramos
Nogueira e como sendo do sexo masculino, uma jovem de 24 anos, natural de Rio
Branco (AC), tenta provar que não nasceu homem. Na busca para tentar corrigir o
erro na certidão, ela diz ter passado por constrangimentos.
Rogéria nasceu no Hospital Santa Juliana, em
março de 1989, mas só foi registrada aos 4 anos pelo pai, em um cartório em
Manaus (AM). "O erro foi lá, por isso enfrento tanta burocracia. Mesmo com
meu registro de nascida viva comprovando que eu era uma mulher, me registraram
com do sexo masculino", conta.
A jovem está grávida do terceiro filho e não pôde
registrá-los nem casar no civil com o companheiro pela falta de documento de
identidade.
Ao procurar ajuda em um órgão público a jovem diz
ter sido maltratada por um atendente que insinuou que a moça fosse transexual.
De acordo com o defensor público Fernando Moraes,
que cuida do caso de Rogéria há um ano, houve atraso no processo de retificação
da certidão por conta da demora das respostas solicitadas ao cartório de
Manaus. "Nós demos entrada no processo dela sem a certidão original
atualizada, pois ela não tinha condições de ir a Manaus pegar cópia desta
certidão e o cartório demorou para nos encaminhar", explica.
Ainda segundo Fernando, atualmente o processo
está completo com a documentação necessária. "Agora estamos mantendo
contato com o juiz para agilizar o processo e acreditamos que dentro de dois
meses teremos resposta", afirma.
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