Callum Hall, de 20 anos, estava
de férias na ilha de Skiathos, na Grécia, em setembro de 2012, quando pisou
acidentalmente em um ouriço enquanto mergulhava.
As perfurações dos espinhos do
ouriço causaram uma infecção, que evoluiu para um caso mais grave e causou a
paralisia.
'Lembro de ter pisado em algo e
pensado: 'urgh, isto é muito afiado'', contou o estudante à BBC.
Hall voltou ao barco de onde
tinha saltado para a água para verificar o que tinha acontecido.
'Três farpas estavam enfiadas no
meu dedão', relembra. 'Eu vi e pensei que eram farpas de madeira, tirei e
continuei com minhas férias.'
O estudante conta que não
apresentou nenhum sintoma durante três semanas. Quando voltou para casa, em
Leeds, acordou em uma manhã com uma 'dor insuportável' nas costas.
Dez minutos depois, ele já não
sentia nada do estômago para baixo.
'Eu estava com dificuldade para
respirar', afirma. 'Senti como se fosse morrer.'
Cirurgia
A infecção levou ao
desenvolvimento de um abscesso na coluna de Hall. O área inflamada se rompeu e
danificou os nervos.
Logo que começou a apresentar os
sintomas, Hall foi levado ao hospital. Os médicos que o atenderam acreditavam
que o estudante tinha apenas algumas horas de vida e decidiram fazer uma
cirurgia.
Acredita-se que as chances de uma
reação como a de Hall acontecer são de uma em cada 50 mil.
'Tem sido uma montanha-russa
emocional. No primeiro mês, eu estava tão deprimido', conta o estudante. 'Tinha
pesadelos de que ainda conseguia andar. Eu chorava.'
Hall, que está estudando para ser
professor, já começou um tratamento caro, que inclui reabilitação e
fisioterapia.
'Estou decidido a fazer tudo o
que puder para voltar a andar. Nada vai ficar no meu caminho.'